quarta-feira, 25 de março de 2009

segunda-feira, 23 de março de 2009

Pampulha - Photoshop


Final inesperado do arquivo

sexta-feira, 6 de março de 2009

Estratégias do caminhar

A forma como as pessoas transitam pelo ambiente urbano pode variar, assim como a forma de perceberem e de sentirem a paisagem e o espaço por onde passam. A fim de mudar a maneira de se interagir com a cidade, "movimentos" surgiram, tendo, cada um, abordagens adaptadas à sua época e sendo exemplos de estratégias do caminhar, destacando nessa postagem flânerie, deriva e parkour.
A flânerie, conceito surgido no século XIX e tendo como principais referências Charles Baudelaire e Walter Benjamin, consiste no ato de se passear, de se caminhar sem rumo, ato esse que carrega uma forte relação entre o flâneur e por onde ele passa, incluindo não só as edificações, mas, sobretudo, as pessoas que se encontram em seu caminho e na paisagem urbana.
A Teoria da Deriva, de 1958, de autoria de Guy Debord, aborda a forma de se deslocar, tendo como foco a real vivência da cidade, que ocorre pela não apatia e pela não indiferença, ou seja, ocorre ao se desfrutar das experiências vividas nos espaços urbanos, sem se valorizar mais as construções do que o espaço e o que foi experimentado.
O parkour é uma forma de se deslocar nos espaços urbanos em que a intenção consiste em transpôr obstáculos de forma a facilitar e tornar mais dinâmica e veloz a experiência do caminhar e do transitar pelos espaços, sobretudo, pelos espaços urbanos.
Fica claro, portanto, que mais que andar, caminhar ou transitar, esses "movimentos" propõem que ao praticarmos tais ações, ocorre uma interação com o espaço percorrido, que propicia movimento e novas experiências, que dão à cidade um verdadeiro significado e novas percepções acerca do local por onde se passa e onde se vive.